Daniela ZuccolottoComunicadora social e publicitária, com extensão em Marketing e Pesquisa pela Universidade de Berkeley, Califórnia, e pós-graduação em Ciências Humanas pela PUC RS.
Consultora de Branding & Business e de Gestão do Conhecimento.
Founder e CEO da Middle-us – consultoria em Gestão da Longevidade e Diversidade Geracional para empresas.
Empresas como ecossistemas de aprendizado
Aprendendo a ensinar e aprendendo a aprender
04 outubro 2023 - 13h46
Em um mundo de desafios cada vez mais complexos, onde a informação flui rapidamente e a inovação é a chave para o sucesso, o conhecimento tornou-se um ativo de valor inestimável para as organizações.
Transformações aceleradas no ambiente de negócios demandam investimento contínuo no desenvolvimento dos colaboradores, o que faz as empresas se tornarem verdadeiros ecossistemas de aprendizado.
As áreas que fazem a gestão corporativa do conhecimento alcançam resultados cada vez melhores ao alinharem os objetivos educacionais com os objetivos estratégicos da empresa, promovendo a integração entre o aprendizado e as metas organizacionais, de forma a extrair os melhores resultados desta equação, métrica traduzida pelo ROI (Retorno Sobre o Investimento).
O ROI de Treinamento & Desenvolvimento analisa a eficiência do investimento no capital humano, permitindo ajustar objetivos e otimizar os resultados das capacitações.
No mundo do trabalho atual, um dos maiores desafios é estar preparado para responder às mudanças e, para isso, é fundamental ter repertório ampliado e conhecimento disponível, que não apenas impulsionam a inovação, mas também promovem a resiliência e a adaptabilidade.
É como uma bússola que orienta como enfrentar os desafios que surgem em nosso percurso, nos ajudando a agir, corrigir rota, seguir em frente e encontrar novos caminhos, quando necessário. Com conhecimento, quando um problema surge, também surgem novas soluções.
Nesse contexto, a aprendizagem contínua deixou de ser apenas desejável, mas fundamental para a inovação e o sucesso a longo prazo. E ganhou valor especial, também, como estratégia de atração e retenção dos talentos.
Colaboradores que percebem que estão em um ambiente que valoriza o crescimento e investe em seu desenvolvimento tendem a se sentir mais engajados e satisfeitos. Isso cria uma percepção de pertencimento e maior vínculo com a organização e, por isso, a gestão do conhecimento precisa estar integrada à cultura organizacional.
Estudo feito pela Randstad em 2023, com quase 163 mil entrevistados e 6.022 empresas participantes em todo o mundo, avaliou os atributos de atratividade das 150 maiores marcas empregadoras e o desenvolvimento apareceu como fator crítico de sucesso.
Entre os cinco aspectos mais importantes na escolha de um empregador, treinamento eficaz, ou seja, aquele que leva à progressão de carreira ganhou destaque.
No Brasil, o desenvolvimento profissional foi considerado importante ou muito importante para 90% dos profissionais da amostra.
E eles têm razão. E responsabilidade nisso também. Aprendizado como ato contínuo não é uma tarefa apenas das organizações. Os profissionais precisam manter postura de abertura para se manterem relevantes e competitivos no mercado de trabalho em constante evolução.
Eternos aprendizes, abertos a novas ideias, habilidades e tecnologias e comprometidos com sua autogestão de conhecimento.
Ser protagonista da sua carreira é também investir nos aprendizados que o levarão adiante. A cada cinco anos, e tudo sugere que esse tempo esteja se encurtando cada vez mais, uma parcela significativa do conhecimento existente se torna obsoleta, sendo substituída por novas informações e descobertas.
Precisamos aprender com a educação formal, com cursos complementares, com conteúdos e práticas de outras áreas ou atividades. Precisamos aprender com o que lemos, vemos e fazemos. Precisamos aprender com as outras pessoas e até mesmo quando estamos ensinando.
Assim, teremos uma combinação poderosa e cheia de propósito - empresas aprendendo a ensinar para indivíduos que estão, cada vez mais, aprendendo a aprender.
A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.